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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Empresários presos no Recife são levados para São Paulo

As investigações da Operação Custo Brasil acontecem, além de Pernambuco, no Paraná, no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal
Publicado em: 23/06/2016 12:24 Atualizado em: 23/06/2016 12:42
As investigações aconteceram na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Recife. Foto: Mariana Fabrício/DP.
A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva no Recife na manhã nesta quinta-feira. Dois sócios da empresa de empréstimo consignado, Consucred, foram detidos por agentes da Operação Custo Brasil. Os envolvidos Joaquim José Maranhão da Câmara e Emanuel Dantas do Nascimento foram presos em suas residências, no bairro da Jaqueira e em Boa Viagem, respectivamente.

Os dois suspeitos foram encaminhados para o Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul da cidade, de onde embarcarão no avião da Coordenação de Apoio Operacional da Polícia Federal na tarde de hoje. Eles serão encaminhados para São Paulo, onde ocorre as investigações da Operação Lava Jato.

Ainda foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos bairros da Jaqueira, Boa Viagem e em um escritório na Ilha do Leite. Foram apreendidos um notebook, dois HDs e planilhas de créditos consignados. De acordo com o superintendente de comunicação da Polícia Federal, Geovane Santoro, "essas pessoas estão sendo investigadas por crimes relacionados a propinas ligadas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mas os detalhes mais aprofundados só poderão ser relatados pelos investigadores em São Paulo, onde a operação está sendo conduzida", explica. O superintendente também enfatizou que, em Pernambuco, as ações foram concluídas.
O material apreendido pela PF e os envolvidos foram encaminhados para São Paulo, onde acontece a investigação da Operação Lava Jato. Foto: Divulgação/Polícia Federal.
Segundo a PF, foram desviados cerca de 100 milhões de reais. Além de Pernambuco e São Paulo, esse desdobramento da Operação Lava Jato acontece ainda no Paraná, no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão - entre eles, uma busca na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), na capital paulista -  e 14 mandados de condução coercitiva, todos expedidos, a pedido da Federal, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo. Paulo Bernardo, ex-ministro do governo Lula, também foi alvo de mandado de prisão.


Há indícios, de acordo com a PF, de que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado.

"Segundo apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no MPOG por meio de outros contratos - fictícios ou simulados", afirma a PF em nota. O inquérito policial foi instaurado em dezembro de 2015, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a documentação arrecadada na 18ª fase da Lava Jato, conhecida como Pixuleco II, fosse encaminhada para investigação em São Paulo. 

Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de dois a 12 anos de prisão. Os presos e o material apreendido na ação serão encaminhados à sede da Polícia Federal em São Paulo. As pessoas conduzidas de forma coercitiva serão ouvidas nas instalações da PF mais próximas dos locais em que forem encontradas.

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