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sábado, 15 de fevereiro de 2014

CRIME: Quatro meses e muitas dúvidas a esclarecer sobre morte de promotor

IC adia liberação de laudo sobre morte de promotor e associação do MPPE critica ritmo de investigações
Primeira semana de março. Esse é o novo prazo estipulado pelo Instituto de Criminalística (IC) para a liberação do resultado do laudo da reprodução simulada feita em dezembro passado sobre a morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares. Segundo a perita criminal Vanja Coelho, uma das responsáveis pela elaboração do laudo, ainda faltam alguns ajustes para finalizar o documento. Ontem se completaram quatro meses da morte do promotor, assassinado a caminho do trabalho ao lado da noiva Mysheva Martins, em Águas Belas, no Agreste. No mesmo dia, a Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE) divulgou nota criticando o trabalho da polícia. Atualmente, dois delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão à frente das investigações, que estão sendo acompanhadas em tempo integral por três promotores.
Na nota enviada à imprensa, a AMPPE afirma que “mesmo com a ciência da complexidade das circunstâncias do crime investigado, que exigem a realização de diligências várias, inclusive laudos periciais de elevada indagação, mostra-se inquietante que, quatro meses após a sua instauração, o procedimento investigatório ainda esteja sem uma conclusão definitiva, especialmente quando, três dias após o fato, os gestores da Segurança Pública Estadual confortaram a sociedade com notícias de que o caso já havia sido esclarecido”. A única pessoa que estava presa como suspeita de executar o promotor, o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, foi solta por falta de provas.

Os promotores fizeram críticas ainda a não captura do principal suspeito apontado pela polícia como mandante do crime, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, que chegou a gravar dois vídeos com entrevistas para emissoras de televisão. “A situação evidencia nítida falha no planejamento das operações policiais, ou, mais grave, que o caso parece ter deixado de constituir uma prioridade da segurança pública no Estado de Pernambuco, fato que fragiliza as instituições republicanas e coloca em dúvida a efetiva proteção de todos os membros da sociedade pernambucana”. O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Osvaldo Morais, ressaltou que a investigação sobre a morte de Thiago está sendo feita em conjunto com o MPPE. “Recomendo que a AMPPE converse com o procurador geral, que indicou os promotores para o caso, e tire todas as dúvidas com ele”, finalizou Morais.

Wagner Oliveira - Diário de Pernambuco Publicação: 15/02/2014 08:19
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